UM INIMIGO NA TRINCHEIRA

O que parecia ser apenas fruto da notória improficiência do atual Presidente do SINTERGS começa a adquirir contornos de franca sabotagem à Gratificação de Incentivo Científico-GIC.
Quem acompanha a página do SINTERGS na internet já percebeu que esse cidadão decidiu, nos últimos quinze dias, iniciar uma onda de ataques ao Governo, valendo-se da questão do efetivo cumprimento da Lei nº13.417/10 para os nossos colegas da Saúde, assunto que demanda solução eminentemente técnica, apenas secundada por deliberações políticas.
No dia 10/09 foi publicada na página do nosso sindicato a postagem intitulada “Enquadramento da Saúde depende da resposta da Arita Bergman”, por intermédio da qual o Presidente do SINTERGS, de forma deselegante, asseverou que “a solução está na dependência de informações da Secretária da Saúde, Arita Bergman deve encaminhar ao setor jurídico da Casa Civil. Até o momento não percebemos nenhuma indicação de haver vontade alguma em resolver as questões pendentes.” (grifamos)
Tal arroubo inconsequente logo teve que ser desmentido, como se vê da postagem “Decisão de publicação do enquadramento da Saúde pode sair a qualquer momento” (16/09), da qual destacamos o seguinte excerto: “A secretária da Saúde, Arita Bergman, juntamente com outros técnicos, recebeu o presidente do Sintergs e confirmaram a entrega de todas as explicações solicitadas pela Casa Civil.” (grifamos)
Entretanto, como bem sabemos, esses ataques do Presidente do SINTERGS ao Governo fazem parte de uma estratégia eleitoreira surrada, utilizada por sindicalistas paleozoicos de quinta categoria, que culmina, invariavelmente, num disparo contra a Chefia do Poder Executivo.
E foi nesse compasso que o Presidente do SINTERGS, ao melhor estilo da politicagem rasa (muito bem assimilada no convívio dele com o Presidente de uma entidade sindical decrépita, frequentadora assídua das postagens do blog) mandou publicar na página do sindicato (17/09) as seguintes afirmações: “A decisão tomada pela Chefe do Executivo foi a de encaminhar o assunto para o GAE (Grupo de Assessoramento Especial), para calcular a repercussão financeira do enquadramento, que na verdade já deveria ter sido realizado no momento do envio do projeto à Assembleia Legislativa para ser aprovado. A iniciativa da governadora demonstra que ela não está com a mínima vontade de cumprir a lei 13417/2010 de uma forma negociada, pacífica e diplomática. Fomos informados ainda que a governadora não está preocupada com as pressões que possam ser exercidas pela categoria, e inclusive houve sugestões da cúpula do governo de que não fizéssemos pressão já que a  publicação do enquadramento poderia ficar para a última hora.” (grifamos)
Além do aspecto eleitoreiro, essa estratégia leviana adotada pelo Presidente do SINTERGS tem como finalidade ocultar sua própria omissão quanto à questão dos colegas da Saúde, que só estão sendo lembrados por ele às vésperas da eleição do sindicato.
A propósito, o que fez o Presidente do SINTERGS desde o dia 5 de abril, data de publicação da Lei 13.417/10? Acompanhou o assunto como deveria ou simplesmente ignorou as questões técnicas que deveriam ser dirimidas dentro do prazo estabelecido na própria Lei?
O que o Presidente do SINTERGS deseja é explorar politicamente (como sempre) a situação ora vivida pelos nossos colegas da Saúde, que é fruto de sua própria desídia como Presidente da entidade sindical que a todos nós representa.
Na verdade, todos os associados do SINTERGS vivem, desde 2007, uma situação de completo abandono, e o pouco que alguns colegas conquistaram na atual governança não partiu de iniciativas do SINTERGS, mas, sim, do esforço isolado dos servidores no âmbito de suas Secretarias. A própria GIC (que foi rejeitada pelo Presidente do SINTERGS) nasceu da iniciativa de um associado.
Aliás, não há dúvida de que os ataques feitos pelo Presidente do SINTERGS contra o Governo estão prejudicando, também, os nossos colegas da Saúde, haja vista que essa postura belicosa e absolutamente desnecessária, às vésperas de uma eleição em que a Chefe do Executivo busca a reeleição, é (com razão) muito mal recebida.
Resta, pois, torcer para que essa verdadeira sabotagem à GIC, levada a cabo pelo Presidente do SINTERGS (que não tem interesse pessoal nessa gratificação, posto que não a receberá por não ser integrante do Quadro dos Técnicos-Científicos) através de suas ações e manifestações desastrosas, não prejudique os milhares de Técnicos-Científicos, ativos, inativos e extranumerários regidos pela Lei nº8.186/86, que aguardam ansiosamente por essa gratificação.  
Esperamos, também, que a postura ora adotada pelo Presidente do SINTERGS, típica de um inimigo na trincheira, não dificulte ainda mais o cumprimento da Lei nº13.417/10 para os nossos colegas da Saúde, que também aguardam, aflitos, a implementação daquilo que a Lei lhes assegura como direito.
Enfim, diante desse cenário desanimador, é de se perguntar: cá entre nós, com um Presidente desses, quem precisa de inimigos?

ALÉM DO CONSTRANGIMENTO, O PERIGO


No dia 27/08 o CPERS realizou um painel com os principais candidatos ao Palácio Piratini.
Todos os convidados compareceram, e o evento teve grande destaque na mídia, merecendo, inclusive, uma página na edição de 28/08 do jornal Zero Hora (página 14).
No dia 30/08 a FESSERGS realizou algo que deveria ter sido um painel com os mesmos candidatos.
Entretanto, nenhum compareceu.
A mídia, de forma discreta, noticiou o fiasco.
Esses episódios evidenciam o absoluto (e justo) descrédito da tal FESSERGS.
Uma entidade que, contra os interesses dos servidores públicos, vai ao Judiciário para arrancar uma fatia dos nossos contracheques sob pretexto de imposto sindical (leiam as postagens Pagaremos A Conta e Imposto E Impostura Sindical), e que permitiu, ao longo de vinte anos, que o Quadro Geral se transformasse num quadro de salário-mínimo, não pode ser acreditada no meio sindical ou político.
Bastará o próximo – ou talvez mais um –  reajuste do salário mínimo para que todos os básicos do Quadro Geral estejam no mesmo nível ou abaixo desse piso.
Hoje, muitos servidores já necessitam de complementação para atingir a menor remuneração que se possa dar a um trabalhador.
Voltando à abordagem do vexame do dia 30/08, o Presidente do SINTERGS – como esperado – participou do evento fracassado da FESSERGS, prestigiando, assim, sua alma gêmea que preside aquela Federação.
Resultado disso, os Técnicos-Científicos repartiram com a FESSERGS, graciosamente, o ônus do insucesso de um evento do qual jamais deveríamos ter participado.
No tempo em que os Presidentes do SINTERGS trabalhavam em prol dos Técnicos-Científicos (até 2007), como nas gestões da nossa querida e saudosa Nadja, o SINTERGS realizava seu próprio painel com os candidatos ao Governo do Estado.
Hoje, fazemos figuração em painéis de entidades decadentes de nível médio.
A propósito, o que temos auferido desde o casamento do Presidente do SINTERGS com a FESSERGS?
Ganhamos o pior reajuste da história dos Técnicos-Científicos (4% na atual governança e 2% para o próximo mandato).
Ganhamos mais um desconto em nossos contracheques, a título de imposto sindical (se não estivéssemos vinculados à FESSERGS não sofreríamos essa perda em nossos vencimentos).
Ganhamos o maior empobrecimento de nossa história (4% de reajuste num período de 4 anos, contra uma inflação de 23% no mesmo período, ou seja, estamos 19% mais pobres).
Ganhamos o direito de, a partir do casamento do SINTERGS com a FESSERGS, ter a mesma desvalorização e o mesmo nível de empobrecimento que o Quadro Geral tem experimentado nas duas últimas décadas.
Ganhamos o constrangimento de figurar como a única categoria de nível superior a fazer parte da FESSERGS, em decorrência (entre outros fatores) da incapacidade do Presidente do nosso sindicato de se relacionar com as demais categorias de graduados.
Não obstante todos esses prejuízos, e completando esse cenário aterrador, a imprensa tem noticiado que a FESSERGS (isso inclui todos os desafortunados que a ela foram submetidos, inclusive nós, Técnicos-Científicos) “rompeu” com os candidatos que não compareceram ao evento em questão, e que  resolveu “acampar” na Praça da Matriz.
Vejam só a situação criada a partir da nossa participação nesse evento malogrado da FESSERGS.
Num momento que requer cautela e habilidade política, haja vista que aguardamos o pagamento da Gratificação de Incentivo Científico-GIC, o Presidente do SINTERGS lança, desnecessariamente, os Técnicos-Científicos nesse ambiente tumultuado da FESSERGS.
Será, pois, a perda da GIC o próximo prejuízo a ser infligido à nossa categoria por conta de nossa submissão à FESSERGS?
A verdade é que precisaremos de muita sorte, pois restam ao atual Presidente do SINTERGS  40 dias para tentar piorar ainda mais sua gestão desastrosa.
                  Infelizmente, hoje os Técnicos-Científicos acompanham as atitudes do Presidente do SINTERGS como quem observa um elefante numa loja de cristais. 


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