BOAS NOTÍCIAS E UMA INCERTEZA




Para aqueles que, como nós, prezam o Quadro dos Técnicos-Científicos e se orgulham de integrá-lo, hoje é um dia de muita alegria, especialmente pelo ingresso de novos colegas.
Estivemos, pois, na cerimônia realizada no Theatro São Pedro,  oportunidade  em  que  a Governadora deu posse – entre outros servidores – aos novos, e muito bem-vindos, colegas Técnicos-Científicos.
O fato vergonhoso do dia ficou por conta do Presidente do SINTERGS. Tinha que ser, como sempre.
Pode parecer inacreditável, mas esse cidadão simplesmente ignorou a posse de mais de 300 Técnicos-Científicos e não compareceu à solenidade.
Nós, que fomos prestigiar a chegada dos colegas e dar-lhes as boas-vindas, tivemos vontade de pedir desculpas a esses jovens, tamanho o nosso constrangimento pelo descaso e pelo desrespeito aos colegas recém-empossados.
Esse tipo de grosseria com os novos colegas e de violência à própria instituição SINTERGS nos fez lembrar do Barão de Itararé: “de onde menos se espera, daí é que não sai nada”.
Isso porque, imaginar que o Presidente do SINTERGS fosse se interessar por algum assunto que diga respeito a Técnicos-Científicos, é ingenuidade incomensurável.
Interessante para ele é defender o imposto sindical, viajar para a Suíça, participar de eventos na FESSERGS, na CGTB, participar de eleições no CRA, fazer autopromoção, enfim, coisas muito mais “importantes” que cuidar de Técnicos-Científicos.
A propósito, quantas reuniões com o Governo foram solicitadas pelo Presidente do SINTERGS visando garantir a percepção da GIC? 
Nenhuma, afinal, o Presidente do SINTERGS não tem que se preocupar com uma bobagem como essa. GIC pra quê?
Voltando à solenidade, apesar da ausência injustificável do Presidente do SINTERGS, o que importa é que esses novos valores chegaram para revitalizar e valorizar o nosso Quadro. Aproveitamos esta postagem para saudar a chegada de todos vocês. Sejam bem-vindos!
Quanto à incerteza referida no título desta postagem, todos já sabem do que se trata: GIC.
Tínhamos a esperança de que a Governadora fosse anunciar o pagamento da GIC na solenidade de hoje. Porém, restou frustrada essa expectativa.
Pelas informações que têm sido divulgadas pelo próprio SINTERGS, o destino da nossa gratificação deixou a seara política e desceu ao mundo administrativo.
A PGE, segundo o SINTERGS, está analisando o assunto por intermédio do processo de nº113555-1400/10-7.
Esse processo está tramitando há dez dias, e se o Presidente do SINTERGS tiver um tempinho, pode ser que ele marque uma audiência com a Procuradora-Geral do Estado para tratar desse assunto irrelevante que é a GIC. Temos certeza de que ele só não marcou essa audiência porque anda muito ocupado com coisas mais importantes.
Fora do SINTERGS, claro.

ENTRE A REALIDADE E O FAZ DE CONTA

Nem só de bolo e champanhe vivem os integrantes da equipe FESSERGS/CGTB, recentemente eleita para tomar conta (em todos os sentidos) do SINTERGS até 2013.
Ontem, tiveram que interromper a rotina de comemorações (15/10, 22/10, e haja festa!) na ilha da fantasia do Menino Deus para atender inúmeros telefonemas de associados em razão do não pagamento da GIC.
O sururu foi tão grande que o Presidente do consórcio FESSERGS/CGTB mandou publicar hoje, 26/10, uma nota em jornal “rogando” à Governadora o pagamento da GIC (faltou pouco para, implorando, dizer “pelo amor de Deus”).
A propósito, é uma pena que o texto dessa nota não tenha dito toda a verdade sobre o empobrecimento da nossa categoria. Caso o Presidente a tivesse dito, partes do texto teriam sido elaboradas da seguinte maneira (acréscimos em vermelho):
“Os Técnicos-Científicos ao longo dos anos somam perdas salariais profundas, sendo que a maior delas ocorreu na minha gestão como Presidente, pois entreguei o destino dos Técnicos-Científicos à FESSERGS, que impôs a essa categoria o pior reajuste salarial da sua história, ou seja, 4% no seu Governo e 2% para o próximo pagar. Se eu não tivesse ido com o Presidente da FESSERGS à Assembleia Legislativa pedir ‘reajuste linear para todos os servidores do Executivo’, nossa situação, hoje, seria bem diferente.
O não pagamento da GIC aumentará a distorção entre os Técnicos-Científicos e as demais carreiras de nível superior do Executivo que já foram contempladas com melhorias salariais durante o seu governo, aumentando, com isso, a frustração da categoria, que ficará 19% mais pobre numa única governança, algo que acontecerá pela primeira vez na história dos Técnicos-Científicos, justamente no governo que mais concedeu reajustes e novos planos de carreira para o funcionalismo estadual.
Aliás, é bom lembrar que até o último domingo (24/10) o líder do consórcio não dava a mínima para a GIC, tanto assim que, em matéria do jornal Correio do Povo (página 15, cópia no final da postagem), não fez qualquer referência à nossa gratificação.
Para o chefe da Disneylândia do Menino Deus a GIC nunca foi importante. Ele foi contra o projeto da GIC desde o momento em que um associado o apresentou.
Entretanto, apesar de toda a desídia daqueles que deveriam defender os interesses dos Técnicos-Científicos, mantemos a esperança.
Apesar de não termos contado com os nossos representantes no SINTERGS, há integrantes do Governo que ocuparam (e ainda ocupam) o lugar do nosso sindicato na defesa da GIC.
Por isso, é possível que no dia 28/10, na solenidade de posse dos colegas que estão ingressando no Quadro dos Técnicos-Científicos, a Governadora anuncie o pagamento da GIC.
Caso isso não aconteça, estejam certos de que haverá chuvas e trovoadas no mundo de faz de conta do Menino Deus.

PARA ALÉM DA ELEIÇÃO


Embora metade dos associados do SINTERGS esteja momentaneamente entristecida com o resultado da eleição de ontem, o número de votos obtidos pela chapa 2, Novo Rumo, renova e gratifica o movimento pelo resgate do nosso sindicato e pela preservação de nossas carreiras.
A chapa Novo Rumo venceu na Capital e obteve um quantitativo de votos no interior que surpreendeu a todos, inclusive a chapa  1, FESSERGS/CGTB, que contava fazer o triplo de votos fora da Capital.
O resultado dessa eleição mostra que tanto a Capital quanto o interior estão cientes do que anda acontecendo (e continuará a acontecer nos próximos três anos) no SINTERGS.
O êxito da chapa FESSERGS/CGTB no interior se deveu, sem sombra de dúvida, à desproporção de recursos envolvidos na campanha.
Ao melhor estilo “o tostão contra o milhão”, a Novo Rumo realizou sua campanha apenas com as contribuições de seus próprios candidatos e com a ajuda de simpatizantes.
A exiguidade de recursos financeiros da Novo Rumo impediu que visitássemos todas as regiões do interior. Foram pouquíssimas visitas, mas, mesmo assim, fomos acolhidos, abraçados e honrados com uma quantidade de votos dos nossos bravos colegas do interior que surpreendeu a coalizão rica e poderosa que enfrentamos.
Cumprimos, pois, um desafio hercúleo de forma exemplar, e com um resultado que revigora a nossa luta.
Diferentemente disso, a chapa FESSERGS/CGTB com notável opulência de recursos produziu uma campanha nababesca, que lhe permitiu até mesmo fazer propaganda em jornais.
De fato, não há dúvida de que teremos pela frente mais três anos de imposto sindical, submissão à FESSERGS, CGTB, e todo o show de horrores que já assistimos durante a pior gestão (2007-2010) da história do SINTERGS.
Porém, como já dissemos, o resultado das urnas nos deu a certeza de que metade do caminho que nos levará à recuperação da independência do nosso valoroso SINTERGS, já foi percorrido.
A propósito disso, o dia 6 de outubro não ficou marcado apenas por más notícias.
Ontem, duas boas novas foram divulgadas pelo Governo.
A primeira (concretizada hoje) diz respeito à nomeação de novos colegas.
Recebemos com muita alegria, e saudamos, a chegada desses novos Técnicos-Científicos, que serão fundamentais para assegurar o futuro e a valorização do nosso Quadro. Sejam bem-vindos, colegas.
A segunda diz respeito à Gratificação de Incentivo Científico (GIC).
Quis o destino, ironicamente, que o pagamento da GIC –  que era parte integrante do projeto de revitalização do nosso Quadro elaborado pela Novo Rumo, e que foi apresentada antecipada e emergencialmente em razão do pior reajuste de nossa história (os 6% determinados à nossa categoria em face da nossa submissão à FESSERGS) – fosse anunciado justamente ontem.
A Novo Rumo concretizou ontem, mesmo sem ter vencido a eleição, parte do seu projeto salarial, beneficiando todos os servidores regidos pela Lei Estadual 8.186/86. Ficamos felizes por contribuir para o bem da  categoria, e a nossa recompensa foi ver o sorriso no rosto de cada um dos colegas que recebia a boa notícia.
Apesar da notória má-fé de certos indivíduos inescrupulosos que foram contrários ao projeto da GIC, e que, agora, tentam usurpar sua autoria, o que importa é o que ela proporcionará a todos nós.
Por fim, agradecemos profundamente a todos os colegas que acreditaram e votaram na chapa Novo Rumo, a todos que, de algum modo, contribuíram para o sonho de ver o SINTERGS independente e forte como no tempo da nossa querida e saudosa Nadja, e não diminuído, fraco e subjugado por entidades sindicais obscuras, como vemos hoje.
O movimento Novo Rumo continuará a defender nossa categoria e a lutar para que o submundo do sindicalismo não domine, definitivamente, o nosso sindicato e destrua o nosso futuro profissional.
Recebam, todos, os nossos sinceros agradecimentos.

POR DIAS MELHORES OU PELA EXTINÇÃO

No dia 6 de outubro os associados do SINTERGS estarão diante de uma escolha com dimensão muito maior do que apenas optar por Chapa 1 ou Chapa 2.
Na próxima quarta-feira estaremos decidindo o futuro da nossa categoria, do nosso Quadro.
Quem optar pela Chapa 1 deve ter consciência de que a reeleição do atual Presidente do SINTERGS lançará nosso sindicato, de vez, no submundo do sindicalismo e levará nossa categoria à extinção.
Hoje, os Técnicos-Científicos já contribuem para o sustento da FESSERGS e da CGTB.
A FESSERGS, além de ter determinado o pior reajuste da história dos Técnicos-Científicos, leva uma fatia dos nossos salários a título de “imposto sindical”, uma indecência anacrônica e antidemocrática defendida com unhas e dentes pela banda podre do sindicalismo.  Além disso, usa a submissão do SINTERGS para dizer que possui uma categoria de nível superior sob suas garras (somos o único quadro de graduados do serviço público estadual a sofrer a vergonha de estar subjugado àquela Federação).
Já a CGTB, ganhou, de graça, uma sede, telefones, um quadro de funcionários, e toda a estrutura do SINTERGS.
Essa foi a moeda usada pelo atual Presidente do SINTERGS para se tornar Presidente regional da CGTB.  Reuniões da CGTB (entre outras coisas) são feitas na sede do nosso SINTERGS.
Por isso o Presidente do SINTERGS, num ato vergonhoso e nojento, aproveitando-se de um momento de grande alegria vivido por todos nós, tentou vincular nossa categoria à CGTB logo depois da derrubada do veto da Governadora à Emenda da GIC, no Auditório Dante Barone.
Não fosse a atitude de três colegas que hoje integram a Chapa 2 – entre eles o nosso colega Joanes da Rosa – que naquela oportunidade foram imediatamente ao microfone denunciar a torpeza dessa atitude rasteira, nosso patrimônio, nosso sindicato, já poderiam estar sendo oficialmente utilizados pela CGTB.
De fato, isso já ocorre. Falta, ainda, a oficialização para que as nossas contribuições mensais sustentem de forma “regular” mais uma entidade sindical.
Aliás, o que está acontecendo hoje no SINTERGS é um pesadelo muito pior do que os relatos que fazemos aqui no blog.
Por conta desse vasto leque de obscenidades  perpetradas pelo atual Presidente do SINTERGS (e outros tantos disparates documentados neste blog), estamos juntos com a Chapa 2, Novo Rumo.
Os Técnicos-Científicos que prezam e têm orgulho de suas carreiras, têm na Chapa 2 a possibilidade de resgatar o SINTERGS e colocá-lo novamente a serviço da nossa categoria, como se viu até 2007.
Para nós a Chapa 2, Novo Rumo, é mais do que apenas uma concorrente no processo eleitoral do SINTERGS. Trata-se de um movimento. Um movimento em prol das nossas carreiras, do nosso futuro profissional e da volta da dignidade e da decência no nosso valoroso SINTERGS.
Por isso, e para que possamos viver dias melhores, convidamos todos os associados do SINTERGS a fazer parte desse movimento.
Dia 06/10, vamos votar na proposta honesta da Chapa 2, Novo Rumo. Do contrário, entraremos, definitivamente, no caminho sem volta do empobrecimento e da extinção.
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