PRESTAÇÃO DE CONTAS REJEITADA

A Assembleia de prestação de contas realizada ontem (02/06) pelo SINTERGS entrou para a história do nosso valoroso sindicato.
Pela primeira vez, em 22 anos de existência de nossa entidade sindical, uma Diretoria experimentou o dissabor e o constrangimento de ver sua prestação de contas rejeitada.
Os associados que participaram daquela Assembleia demonstraram muita maturidade e conhecimento, levando à prática, de fato, o que determina o artigo 7º, inciso IX, do nosso Estatuto.
Entretanto, merecem registro algumas atitudes deploráveis e antidemocráticas que foram patrocinadas pelo Presidente e por dois Diretores do SINTERGS ao longo daquele evento.
Logo no início da Assembleia o Presidente do SINTERGS tentou colocar em votação a interrupção do contrato com uma empresa de publicidade (Pública Ltda), mostrando o claro desejo de não mais contar com os serviços daquela entidade. Entretanto, em razão dos protestos dos associados – que exigiram o cumprimento da pauta exclusiva de prestação de contas  –  tal proposição não vingou.
Além disso, dois Diretores do SINTERGS tentaram frustrar a decisão soberana da Assembleia. 
Um deles foi para um dos cantos do salão onde ocorria a Assembleia e tentou, ridiculamente, votar pela aprovação das contas.  O outro sugeriu o encerramento dos trabalhos e o aprazamento de nova data para a realização da prestação de contas.
Embora execráveis, as atitudes desses três colegas apenas refletiram a má qualidade de uma gestão desastrosa, que coleciona uma série de recordes negativos.
Além de ser a única a – merecidamente – ter a prestação de contas rejeitada, foi a que obteve o menor índice de reajuste salarial para a nossa categoria desde a criação do SINTERGS (6% contra uma inflação de 23%, apesar de toda a gastança de recursos do sindicato).  Ademais, conta com um Presidente inexpressivo, que só conhece a Governadora por fotos e pela tevê, haja vista que a Chefe do Executivo nunca o recebeu em reunião, muito menos em seu gabinete.
A verdade é que rejeição das contas no dia 02/06 indica o início do fim (melancólico) de uma gestão que empobreceu ainda mais os Técnicos-Científicos, e cujas ações, além de não deixarem saudade, servirão como referência de tudo aquilo que não deve ser feito numa entidade sindical.
Hoje, resta à nossa categoria apenas a esperança de que a Governadora decida pelo pagamento da Gratificação de Incentivo Científico-GIC (criada por um associado), visando à redução da diferença abissal que há entre o padrão de remuneração dos Técnicos-Científicos e os das demais carreiras de nível superior do Poder Executivo.
Em suma, essa é a nossa triste, porém verdadeira, realidade.
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