AGRADEÇAM À DIRETORIA DO SINTERGS


Apesar dos todos os esforços empreendidos pelos associados, a atual diretoria do SINTERGS conseguiu impor a vontade da FESSERGS a todos os servidores das categorias por ele representadas.
Por conta disso, fomos achacados com o desconto do imposto sindical, já estampado em nossos contracheques deste mês de março.
Vários abaixo-assinados foram entregues à diretoria do SINTERGS (SEAPPA, SSP, SEDAC, SEHADUR, SOP, etc.) pedindo a desfiliação do nosso sindicato da FESSERGS, a exemplo do que foi feito pelo SERVIPOL em novembro de 2010 para preservar os servidores policiais desse desconto absolutamente desnecessário.
Porém, os onze prepostos da FESSERGS que se apresentam como “nossos representantes” trabalharam muito bem.
Jogaram no lixo os abaixo-assinados que fizemos e garantiram – contra  nossa vontade –  uma bolada graciosamente transferida para os cofres da FESSERGS.
É assim que eles “nos representam”.
Esse episódio do imposto sindical tornou evidente – e, agora, só não vê quem não quer ver –  o fato de que vivemos hoje, em relação ao nosso sindicato, uma situação tão triste quanto perigosa: a criatura se voltando contra seus criadores.
A atual diretoria fez com que o SINTERGS deixasse de ser um instrumento a serviço de seus associados.
Hoje, o SINTERGS tem vontade própria. Não dá ouvidos aos associados, descumpre flagrantemente seu Estatuto, insere não-associados nas Assembleias da categoria para garantir seus próprios interesses, sonega a realização de Assembleias (não fizeram a Assembleia ordinária de novembro de 2010), realiza despesas extraordinárias sem consultar o Conselho Deliberativo (os outdoors, que já estavam contratados e nas ruas antes da Assembleia de 28/02/11).
A criatura faz o que bem entender, sem quaisquer limites, e sem dar qualquer importância à vontade e aos interesses de seus criadores.
Nós, que demos vida e que sustentamos essa criatura, passamos a ser apenas financiadores dos projetos que interessam a ela.
Agora o SINTERGS faz parte de uma teia de poder sindical, um consórcio formado por mais duas entidades sindicais que carregamos nas costas: FESSERGS e CGTB.
O SINTERGS parece ser a base financeira desse consórcio, com um orçamento de mais de dois milhões de reais por ano.
A CGTB – entidade à qual estamos vinculados irregularmente, por vontade exclusiva da diretoria do SINTERGS, que não se constrange frente a essa violação estatutária –  não tem recursos financeiros significativos e tampouco uma estrutura sindical forte em nossa região. Portanto, essa vinculação irregular lhe serve, e muito.
Quanto à FESSERGS, uma entidade de pouquíssima expressão no meio sindical gaúcho, somos os únicos trouxas de nível superior filiados a essa federação que, anualmente, coloca a mão nos nossos bolsos para levar o tal imposto sindical.
Em contrapartida, a FESSERGS oferece know-how aos seus 11 prepostos do Menino Deus, ensinando-lhes como fazer com que a criatura domine, subjugue os criadores.  
Mostra-lhes o quão importante é “convidar” não-sócios a participarem de Assembleias ou realizar esses mesmos encontros em lugares incomuns, que dificultem o comparecimento dos associados. Exemplo: Rua Barros Cassal, bem longe do CAFF e das Secretarias de Estado.
Em relação aos técnicos-científicos, são dois os grandes feitos da FESSERGS: impor à categoria o pior reajuste salarial de sua história (o recente 4+2) e ter 11 prepostos extremamente fiéis e obedientes no comando do SINTERGS, os quais lutam com unhas e dentes – contra a vontade dos associados – para manter a vinculação entre ambas as entidades.
Em 1º de junho de 2010 nós já havíamos iniciado essa luta contra o imposto sindical. Entregamos, naquela data, um abaixo-assinado com 85 assinaturas (cópia ao final da postagem) dirigido ao presidente do SINTERGS, nos seguintes termos:

Senhor Presidente,
Os Técnicos-Científicos abaixo-assinados vêm requerer a Vossa Senhoria posicionamento e manifestação pública do SINTERGS contra a contribuição sindical obrigatória (Imposto Sindical).
Além disso, servem-se desta oportunidade para, também, requerer que seja analisada a possibilidade de propositura de ação judicial visando à restituição dos valores já descontados de todos os associados do SINTERGS a título de imposto sindical.
 Na certeza de que serão atendidos, encaminham este documento com as assinaturas anexadas. “

O destino desse abaixo-assinado também foi o lixo. O presidente do SINTERGS não se dignou de respondê-lo, muito menos de atender ao pedido apontado naquele documento.
O SINTERGS defende o imposto sindical, tanto que ajuizou uma ação (nos mesmos moldes daquela aforada pela FESSERGS) para cobrar sua fatia (60%) desse tributo.  Contudo, graças ao barulho que fizemos aqui no blog, o presidente do nosso sindicato mandou suspender a ação.
Recentemente, demonstrando um mimetismo de dar inveja aos camaleões, a diretoria mandou publicar no site do SINTERGS o Ofício-Circular nº 1 da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério Do Planejamento, Orçamento e Gestão para fazer de conta que é contrária à cobrança do imposto sindical.
Porém, parece que “esqueceram” o que foi publicado na página do sindicato no dia 24/02/11 sob título “Contribuição Sindical é Imposto”:  Mesmo que este imposto venha para fortalecer as entidades, que precisam de recursos para fazer mobilizações e desenvolver a luta de classe, porém, enquanto a questão salarial não estiver resolvida o sindicato está disposto a abrir mão deste recurso, para não onerar o “associado”. (grifei).
Quanta sinceridade.
Até o mês passado eles queriam o imposto sindical. Cogitavam a possibilidade de abrir mão (apenas em relação aos associados) de sua cobrança enquanto a questão da GIC estivesse pendente de solução.
Será que mudaram de ideia por estarmos prestes a realizar uma Assembleia de prestação de contas?
Além disso, é importante salientar que o desconto que sofremos neste mês de março representa apenas 20% do total (15% para a FESSERGS e 5% para a CSPB) que será descontado caso a cobrança desse maldito imposto reste consolidada no âmbito do serviço público.  Portanto, se agora descontaram, por exemplo, 40 reais no seu contracheque, você pagará 200 reais quando do desconto integral.
Por falar nisso, quero agradecer e parabenizar os colegas lotados na Casa Civil que resolveram discutir judicialmente (cópia ao final da postagem) essa questão do imposto sindical.
Fizeram o que o SINTERGS deveria –  há muito, lá em junho de 2010 quando apresentamos o primeiro abaixo-assinado –  ter feito, e que não fez porque é obediente à FESSERGS.
Os onze que se apresentam como “nossos representantes” dizem que estão apoiando essa bela iniciativa dos colegas, mas na verdade não deram e não darão apoio algum, porque defendem a FESSERGS e não os técnicos-científicos.
Outra iniciativa maravilhosa, que faz jus a todos os elogios e agradecimentos possíveis, partiu de uma integrante do Conselho Deliberativo do SINTERGS.
Nossa colega Mirian Sartori Rodrigues enviou uma comunicação ao presidente do SINTERGS (cópia ao final da postagem), dizendo:
   Sr. Presidente,

Acuso o recebimento de um envelope contendo 100 (cem) adesivos com os seguintes dizeres: ”ESTADO DE GREVE, Governo cumpra a sua palavra, SINTERGS”. O envelope não continha nenhum ofício ou instrução orientativa. A exemplo dos outdoors, cuja eficácia é questionável – sem pensar no custo x benefício, sem uma estratégia e uma ação organizada, torna-se efêmera, desgasta a imagem do Sindicato e ridiculariza a categoria.
Também registro com estranheza o local onde foi marcada a assembleia para a prestação de contas, longe do Centro Administrativo e demais Secretarias onde estão lotados os técnicos-científicos, apenas para cumprir o estabelecido pelo estatuto, tornar pública a gastança para um pequeno número de associados e aprovar as contas provavelmente por um público selecionado e com inúmeras infiltrações.
Sem contar o fato de que foi requerido, no dia 15/03/2011, por um grupo de 12 (doze) representantes setoriais a realização de uma reunião do Conselho Deliberativo para o estabelecimento de critérios de fiscalização nessa Assembleia do dia 31/03, visando evitar a participação de pessoas estranhas ao quadro de associados do SINTERGS, requerimento esse ignorado pelo senhor e por sua diretoria, num flagrante desrespeito ao próprio Conselho Deliberativo. De que adiantará fazer essa reunião na manhã do dia 31/03? A quem esse tipo de atitude interessa?
Por outro lado causa-me alegria, e até um pouco de inveja, quando vejo publicado nos jornais que o governo concordou com 16 dos 17 itens apresentados pelo CPERS e possivelmente, pela competência, organização e trabalho coletivo daquele sindicado, o reajuste sobre os vencimentos básicos do magistério será superior a 10%.
Cabe registrar que a presidente do CPERS recusou (e fez muito bem) o convite do governo em participar do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social estadual.
Senhor Presidente, a atuação da atual diretoria tem demonstrado inabilidade, ineficácia, desrespeito com a categoria e com a história do nosso sindicato, construído com a dedicação, sacrifício e até a morte de valorosos companheiros, que esta direção não tem o direito de depreciar e/ou usar para interesses incondizentes com os interesses dos associados.”

Espero que  esse grande exemplo de coragem e de comprometimento com os interesses da nossa categoria sirva de inspiração a todos os técnicos-científicos. Parabéns e muito obrigado, Mirian!  Endosso tua atitude e tuas palavras!.
A propósito, esse tal “estado de greve” é uma tremenda baboseira.
O correto seria fazer constar a verdade nesses adesivos:
“Estado de coma salarial e sindical. SINTERGS, cumpra com suas obrigações”.
Qual é o técnico-científicos que não gostaria de usar esse adesivo?
Aliás, hoje (se bem entendi o que foi noticiado no dia 24/03/11 na página do SINTERGS) haverá uma reunião da diretoria com integrantes do governo, na qual será apresentada uma lista com 23 “reivindicações”.
Pelo teor dos 23 itens não me parece que aquilo seja um rol de reivindicações, mas, sim, uma lista de pedidos para o Papai Noel.
Ora, se o governo diz que ainda não pagou a GIC porque não dispõe de recursos financeiros para tanto, alguém acha plausível o atendimento daquelas (modestas) “reivindicações”?
Na verdade, a mais importante de todas as 23 é, sem sombra de dúvida, a 14ª: “Gratificação de representação para todo servidor que representar o Estado em qualquer órgão consultivo da sociedade.”.  Confesso que não tenho a menor ideia acerca da autoria dessa reivindicação. Alguém tem?
Eu acrescentaria, ainda, mais dois itens para encaminhamento ao bom velhinho: 24º - Ingressos para os jogos do Inter e do Grêmio; 25º - O mesmo número de passagens aéreas utilizado por certos sindicalistas gaúchos para visitar a sede da CGTB em São Paulo. Que tal?
Sabemos muito bem que o CODIPE já foi criado pelo governo e  que, pelo visto (a não ser que haja um milagre), lá discutiremos nossa situação salarial.
Antes disso, temos um compromisso imediato e muito importante: a prestação de contas do SINTERGS.
Para aqueles que perguntam sobre o que pode ser feito para recolocar nosso sindicato nos trilhos, a resposta é bem simples: rejeitem a prestação de contas.
Isso deve ocorrer não por dúvida quanto à idoneidade dos nossos colegas. Nada disso.
A rejeição deve servir para que se faça uma auditoria minuciosa, que mapeie cada centavo da receita do sindicato, a fim de que se possa apurar a possibilidade de (pressupondo melhorias para a administração do nosso ente sindical) aplicação eficaz dos recursos do SINTERGS.
É preciso melhorar, e muito, a forma de gerenciar nosso sindicato, pois não é crível que se possa gastar 200 mil reais por mês com uma casa e apenas oito funcionários (o sindicato não dispõe de automóvel próprio).
Portanto, chegou o momento de todos os técnicos-científicos fazerem a sua parte em prol do nosso Quadro e do nosso sindicato.  Ativos e inativos, do interior e da Capital, todos nós devemos comparecer nessa Assembleia do dia 31/03 e rejeitar a prestação de contas, fato esse que ensejará a realização de uma auditoria profunda no SINTERGS.
Não tenho dúvida de que, a exemplo do que ocorreu na Assembleia do dia 28/02/11, pelo menos 200 peões da FESSERGS serão “convidados” a votar a favor do faz de conta que veremos no próximo dia 31.
Vejam que no dia 15/03/11, portanto, com bastante antecedência, nossos colegas do Conselho Deliberativo solicitaram  que conste no Edital de Convocação da Assembleia de Prestação de Contas de Março/2011, para ingresso na referida Assembleia, entre outros critérios, a exigência de identificação do associado, documento com foto, bem como a apresentação de um dos três últimos contracheques. Tal medida torna-se imperativa a fim de evitar que, a exemplo do ocorrido na Assembleia do dia 28/02/2011, haja a participação de não-associados.
Não foi por acaso que a criatura SINTERGS não acatou tal pedido.  A diretoria não quer esse controle.
Isso só aumenta a nossa responsabilidade, e não podemos deixar de participar.
Quem se omitir agora não poderá reclamar quando a criatura (que já se transformou num monstro) levar o nosso Quadro à extinção.
Faça a sua parte. Esteja lá e diga "não" à gastança, pelo bem do nosso sindicato e das nossas carreiras.





ATITUDE LOUVÁVEL

No final da manhã de hoje o nosso aguerrido colega Patrício (SSP) entregou ao presidente do SINTERGS um requerimento firmado por 12 integrantes do Conselho Deliberativo do nosso sindicato.
Consta naquele documento: “Os representantes Setoriais e integrantes do Conselho Deliberativo, abaixo firmados, requerem que conste no Edital de Convocação da Assembleia de Prestação de Contas de Março/2011, para ingresso na referida Assembleia, entre outros critérios, a exigência de identificação do associado, documento com foto, bem como a apresentação de um dos três últimos contracheques. Tal medida torna-se imperativa a fim de evitar que, a exemplo do ocorrido na Assembleia do dia 28/02/2011, haja a participação de não-associados.”. (grifei)
Quero, pois, parabenizar esses colegas e dizer que esta atitude louvável é um gesto de consideração e respeito a todos os associados do SINTERGS.
Agradeço em nome de todos aqueles que, com esse documento, se sentiram representados pelos conselheiros signatários.
De fato, a atitude vergonhosa patrocinada pela diretoria do sindicato no dia 28/02, de infiltrar não-associados (sabe-se lá de onde tiraram aquelas pessoas) em nossa Assembleia não foi apenas um ardil típico do submundo sindical. Foi um ato desrespeitoso com todos os colegas que ainda suportam pagar a mensalidade sindical mais cara do Rio Grande do Sul (e pagamos para empobrecer!).
Portanto, se fizeram isso numa Assembleia convocada apenas para decidir o que já havia sido irregularmente (sem apreciação do Conselho Deliberativo) decidido e contratado pela diretoria do sindicato (os inúteis e caros outdoors chapas brancas), imaginem o que essa turma pretende fazer numa Assembleia de prestação de faz de conta, na qual tentarão justificar o injustificável.
Não duvidem de que o mágico David Copperfield possa vir a ser o escolhido para fazer a apresentação contábil da gastança, pois só um ilusionista poderá fazer alguém acreditar que em uma casa, com apenas 8 funcionários, sem automóvel, sejam gastos, adequadamente, 200 mil reais por mês, mais de 2 milhões por ano.
Nem a “Velhinha de Taubaté”, de Luís Fernando Veríssimo, engoliria essa, pois, há muito tempo não se vê qualquer acréscimo patrimonial em nossa entidade sindical.
Podemos dizer que temos um sindicato com produção zero (nenhum projeto) e com perdulariedade astronômica.
Para completar, jogaram fora a nossa GIC e permitiram que outras categorias passassem à frente nas negociações com o governo.
Para eles, ser ruim não é o suficiente. É preciso ser cada vez pior.
Mais uma vez, agradeço a todos os colegas do Conselho Deliberativo que firmaram o requerimento que pugna por um mínimo de decência na próxima Assembleia da nossa categoria. Estão todos de parabéns.
Por fim, deixo duas perguntas para os leitores do blog:
Alguém já teve acesso à Ata da Assembleia do dia 28/02? Duvido!!!
Será que a diretoria do SINTERGS (“Sindiquieto”, como bem sugerido pelo nosso combativo colega Arienei) vai convidar os coproprietários do nosso sindicato (FESSERGS e CGTB) para observarem a prestação de faz de conta?


DO TEXTO À REALIDADE

A assembleia (des) organizada pela diretoria do SINTERGS no dia 28/02 foi tão deprimente quanto reveladora.
Se, por um lado, ficamos estarrecidos com a bizarrice e as irregularidades patrocinadas pelos governistas do Menino Deus naquela oportunidade, por outro, comprovamos tudo o que tem sido denunciado por intermédio deste blog.
Há muito digo que somos representados pelo “consórcio FESSERGS-SINTERGS-CGTB”, e no dia 28/02, num momento em que deveríamos estar discutindo questões da nossa categoria, a direção do sindicato resolve levar para a Assembleia dois capatazes dessas entidades – um da FESSERGS e outro da CGTB –  coproprietárias do nosso SINTERGS.
Não tenho dúvida de que fizeram isso porque, como se diz, “é o olho do dono que engorda o gado”.
É bom lembrar que, daqui a pouco, a FESSERGS colocará a mão nos nossos bolsos (pela segunda vez) para levar, graciosamente, o que nossa vinculação a ela garante a título de imposto sindical.
Quanto à CGTB, estamos diante de uma flagrante violação estatutária.
O inciso IX do artigo 5º do Estatuto do SINTERGS determina que a filiação do nosso sindicato a outras entidades sindicais pode ser realizada mediante decisão de Assembléia Geral.
Inexiste, portanto, a possibilidade de que tais vinculações sejam estabelecidas a partir de decisão da diretoria do sindicato.
Porém, como se pode ver tanto pelo que foi publicado em dezembro de 2009 pela própria CGTB (cópia ao final da postagem) quanto pelas informações constantes no SIS - Sistema de Informações Sindicais, do Ministério do Trabalho e Emprego, alguém tratou de – deliberadamente, afrontando o Estatuto do nosso sindicato –  vincular o SINTERGS à CGTB, já em 2009.
Como agravante, há o fato de que em 2010 dissemos não à CGTB, numa votação ocorrida na Assembleia Legislativa, no Auditório Dante Barone, logo após a derrubada do veto da Governadora Yeda à emenda da GIC.
Portanto, é preciso apurar a autoria dessa vinculação irregular – quando e de que maneira isso foi realizado –  a fim de que esse (s)  indivíduo (s) seja (m) responsabilizado (s), posto que nunca houve Assembleia da categoria que autorizasse tal vinculação.
Além disso, quando digo no blog que a diretoria do SINTERGS tem medo de Assembleias da categoria, e que evita realizá-las assim como o diabo evita a cruz, vimos, dia 28/02, que isso também é verdade.
A diretoria chegou ao ridículo de levar seguranças  – algo, até então, inédito na história do SINTERGS –  para “se proteger” dos associados (o peso na consciência leva pessoas a atitudes desproporcionais, como essa). Se bem que, nesse caso, creio que os associados também estariam protegidos, caso alguém da diretoria sucumbisse a um surto psicótico, algo bem possível de acontecer, como é cediço.
Nesse compasso, inspirada nas modelares democracias da Coreia do Norte e da Líbia, a diretoria do SINTERGS decidiu permitir manifestações de associados pelo exuberante tempo de três minutos.
Não fosse a intervenção do Joanes, e os representantes do governo no Menino Deus iriam restringir o número de manifestações a dez participantes, numa Assembleia com, aproximadamente, quinhentas pessoas (trezentos e cinquenta  colegas e cento e cinquenta  infiltrados).
Durante as manifestações, aqueles associados que resolvessem dizer o que a diretoria do sindicato não queria ouvir eram presenteados com interrupções e apupos de um grupo de não-associados (e, possivelmente, não-integrantes de quadros representados pelo SINTERGS), “convidados” (infiltrados) pela diretoria a participar da Assembleia.
Sabedor de que esse tipo deplorável de artimanha – típica do sindicalismo de quinta categoria – seria utilizado, entreguei, por escrito, um resumo da minha fala ao 1º Secretário do SINTERGS, a fim de que constasse em Ata:

“Resumo da fala do associado Luciano, que deve constar na Ata da Assembleia Geral de 28/02/2011:

·               Que não estamos filiados à CGTB, haja vista que não houve decisão positiva de Assembleia Geral nesse sentido, na forma determinada pelo inciso IX do artigo 5º do Estatuto do SINTERGS. Pelo contrário: em 2010, a categoria rejeitou a filiação à CGTB no auditório Dante Barone, logo após a derrubada do veto da Governadora Yeda à Emenda da GIC;
·               Que o fato de não ter sido realizada a Assembleia ordinária de novembro de 2010 caracteriza o descumprimento do disposto no artigo 55 do Estatuto do SINTERGS;
·               Que a contratação de serviço de outdoors ou quaisquer despesas extraordinárias não previstas no orçamento de 2011 devem ser previamente aprovadas pelo Conselho Deliberativo, a fim de atender a previsão contida no artigo 45, alínea “d” do Estatuto do SINTERGS.”

Contando com o elevado espírito democrático dessa diretoria, tenho certeza de esse resumo não constará na Ata.
Em suma, tudo aquilo que tenho denunciado pelo blog foi visto pelos colegas na Assembleia do dia 28/02.
O Estatuto do SINTERGS tem sido vergonhosamente desrespeitado pela diretoria do sindicato.
Sonegaram a Assembleia Ordinária de novembro de 2010 (artigo 55), não consultaram o Conselho Deliberativo antes de realizar as despesas com outdoors (artigo 45, alínea “d”), e assumiram perante a categoria que estamos filiados à CGTB, simplesmente porque eles querem essa vinculação, mesmo contrariando o disposto no inciso IX do artigo 5º do Estatuto do SINTERGS e o sonoro não que demos à CGTB no Auditório Dante Barone.
Quando chegou o momento da votação acerca da ideia de colocação de outdoors, o presidente do SINTERGS, antevendo rejeição pela categoria, resolveu, democraticamente, inspirado em Kim Jong-il, encerrar a Assembleia. 
Os associados não puderam opinar sobre os outdoors, que já estavam, na verdade, contratados e colocados nas ruas. Quanto custou essa brincadeira? Nenhum associado sabe. Perguntamos, mas os donos do SINTERGS não responderam.
A bem da verdade, acho muito natural esse tipo de comportamento, pois, afinal, quem os associados pensam que são? Acham que podem decidir sobre o tipo de campanha que o sindicato deve fazer? Acham que podem deliberar sobre os gastos realizados pela diretoria do sindicato? Em que mundo os associados andam vivendo? O SINTERGS não é dos associados, é copropriedade da atual diretoria e de seus parceiros FESSERGS e CGTB. Parem de se meter com assuntos do sindicato, ora!
Lembrem-se de que associados do SINTERGS têm apenas três direitos decorrentes dessa condição: pagar a mensalidade sindical mais cara do Rio Grande do Sul, ser (eventualmente) comunicado a respeito das decisões isoladas da diretoria, e, principalmente, empobrecer.
Isso já é muito, não reclamem.
E se vocês resolverem reclamar usando blogs, saibam que serão democraticamente processados, pois ninguém pode saber a verdade sobre o que acontece no SINTERGS.
Estatuto? Dane-se esse tal de Estatuto! O que importa é que o silêncio dos trouxas garanta a tranquilidade dos espertos. Isso é verdadeiramente liberdade, isso é democracia.
Voltando à questão da “negociação salarial”, no momento em que, numa reunião, sugeri à diretoria do SINTERGS a campanha do “luto pela GIC”, não percebi que havia nessa proposição componentes indesejados pela diretoria: participação diária dos associados, desconforto para o governo e baixo custo.
Já a campanha dos outdoors é muito melhor, pois contém características que interessam (muito) aos nossos “representantes”: nenhuma participação dos associados, nenhum incômodo para o governo e alto custo.
A propósito, o governo está preocupadíssimo com os outdoors. O governador perdeu o sono. Não se fala noutra coisa em todo o Rio Grande. “Foi uma idéia brilhante, a idéia do ano”, disse o dono dos outdoors. O governo concordou, pois também achou excelente.
E foi justamente para que os leitores do blog tivessem a verdadeira dimensão da maravilhosa (e cara) campanha dos outdoors que não lancei esta postagem ainda no dia 28/02. Se a tivesse publicado naquele mesmo dia, alguém poderia dizer que sou implicante. Aguardei dez dias. Poderia ter aguardado quinze, vinte dias. Isso não faria diferença.
O primeiro resultado dos outdoors para os técnicos-científicos é ver o CPERS (que, com a maior dignidade, se recusou a integrar o “conselhão”) negociando com o governo.
Em breve haverá um novo resultado: as entidades representativas dos colegas da segurança pública também se reunirão com o governo para iniciar negociações salariais.
O epílogo dessa campanha chapa branca dos outdoors acontecerá na vala comum do CODIPE, onde correremos o risco de ver nossas carreiras mutiladas por um plano delineado de acordo com os interesses do governo. Não tenho dúvida alguma de que, hoje, querem sepultar a GIC.
A verdade é que não temos quem nos represente, quem defenda os nossos interesses. Estamos à mercê do governo, que fará o que quiser, quando quiser, sem qualquer resistência.
Quem deveria nos representar pratica uma subespécie de sindicalismo que viola regras estatutárias, que utiliza expedientes lamentáveis como infiltrar não-associados em assembleias, que faz despesas extraordinárias (e vultosas) sem autorização da categoria, tendo tudo isso como sinônimo de esperteza, de sagacidade. O que importa para esses pseudosindicalistas é fazer com que a entidade por eles dominada esteja a serviço de seus próprios interesses e não dos associados.
O que resta de positivo nessa história triste, marcada pelo peleguismo de onze que massacra milhares é que, a cada dia, mais e mais colegas abrem seus olhos para a realidade.
As máscaras já não conseguem esconder os responsáveis pela nossa situação, e o que digo no blog, colegas, não é implicância. É simplesmente a verdade, nua, crua e documentada.





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