Resposta ao colega Ricardo (SSP): "Prezado colega Ricardo: o Governo tem feito reuniões para tratar da
nossa (técnicos-científicos) situação. Como eu já havia dito
anteriormente aqui no blog, haverá a elaboração de um plano de carreira.
A partir de junho isso ficará mais claro. O problema está na dimensão
desse plano, haja vista a sabotagem que enfrentamos e que vem dos
inimigos que estão em nossa trincheira. Insisto em alertar os colegas
para o fato de que aqueles que deveriam nos representar querem, na
verdade, a nossa extinção, para mudar o nome do nosso sindicato e
transformá-lo num caça-níqueis sindical ainda maior do que já é. Quem
assistiu ontem (10/05) a lamentável e vexatória participação do presidente do
SINTERGS no programa Conversas Cruzadas da TV COM teve a oportunidade de
perceber claramente o que venho dizendo há muito tempo. Temos que lutar
para que a diretoria do SINTERGS não destrua a oportunidade que temos,
no Governo Tarso, de sair dessa penúria salarial em que fomos
PROPOSITADAMENTE colocados no Governo Yeda pela nossa representação sindical. De
propósito, fomos lançados - como moeda de troca - no colo da maldita
FESSERGS para recebermos 6% de reajuste. As demais carreiras de nível
superior foram contempladas com planos de carreira ou melhorias
salariais significativas, mas nós tínhamos que perecer, para que os
interesses sindicais dos nossos “representantes” se tornassem viáveis. O
projeto desses indivíduos continua, basta observar o que está
acontecendo. Não somos prioridade no SINTERGS. Pelo contrário: depois
que todas as categorias que compõem o balaio de gatos do SINTERGS
estiverem satisfeitas, então o sindicato ficará ainda mais satisfeito ao
ver que sobraram apenas migalhas para os técnicos-científicos, pois
precisamos empobrecer para ficarmos mais fracos, mais desmotivados e,
então, dominados. Porém, lutaremos para preservar nossas carreiras. Os
colegas que já estão nessa luta têm sangue nas veias e vergonha na cara.
Estão de parabéns. Abraço! "
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SABOTAGEM INTENSIFICADA:
assim que a Secretária Stela Farias falou em plano de carreira para os técnicos-científicos,
o presidente do SINTERGS e sua diretoria trataram de, imediatamente, lançar uma
mobilização por melhorias salariais para outro Quadro, e bem no momento em que buscamos
sair da penúria salarial em que estamos. Pergunto a vocês: o que vai sobrar para os técnicos-científicos? O que o
presidente está fazendo é sabotagem ou não? Alguém ainda tem dúvida?
RESPOSTA A
UM COLEGA ANÔNIMO: obrigado pelo comentário.
Em resposta ao teu pedido, digo que não há informações “desencontradas”,
e, sim, comportamentos antagônicos. Explico. Tanto a manifestação do Secretário
Beto Albuquerque (a pedido do Governador, que, naquela oportunidade, estava ao
lado dele) quanto a ajuda que temos recebido de jornalistas que sempre
mencionam a nossa categoria, são conquistas produzidas pelo esforço e pelo
trabalho dos próprios técnicos-científicos, sem qualquer apoio da diretoria do
SINTERGS. Foi assim no gabinete digital, tem sido assim no twitter e nos
contatos que temos conseguido com a imprensa e com autoridades públicas. Trabalhamos
sem parar visando conseguir melhorias salariais significativas e urgentes para
a nossa categoria. Porém, nossa grande (maior) dificuldade é enfrentar a
sabotagem produzida pela própria diretoria do SINTERGS. Num momento importante como esse para a nossa
categoria, a diretoria do sindicato vai ao Governo pedir reajustes e majorações
salariais para outro Quadro. Isso é burrice? Claro que não. É sabotagem.
Portanto, as informações que surgem não são “desencontradas”. O que há – e os
fatos dizem isso claramente – é a vontade da diretoria do SINTERGS de impedir a
consolidação de avanços salariais importantes para a nossa categoria. O projeto
da atual diretoria, de mudar o nome do nosso sindicato para “Sindicato dos
Técnicos de Nível Superior do Poder Executivo” ampliando, assim, o balaio de
gatos que já é o SINTERGS para dobrar ou triplicar a arrecadação do sindicato,
requer o enfraquecimento e a desmotivação dos técnicos-científicos. Os
colonizadores (diretoria do SINTERGS) precisam aniquilar os índios (técnico-científicos)
para ficar com o sindicato destes. Eles
(diretoria) conseguiram nos transformar em primos pobres dentro do nosso
próprio sindicato, e querem que permaneçamos assim, até a nossa extinção.
Observe na entrevista da Secretária Stela Farias o momento em que ela revela
que o nome da nossa gratificação foi modificado a pedido da diretoria do
SINTERGS. A Secretária disse que a mudança ocorreu porque “na mesa de
negociação eles entenderam assim”. A GIC estava identificada com a nossa
categoria (Gratificação de incentivo CIENTÍFICO). A GET (Gratificação de
Estímulo Técnico) poder servir a qualquer categoria, até mesmo àquelas de nível
médio. Pior que isso foi quando (março de 2011) a diretoria do SINTERGS disse
ao Governo que não queria mais a GIC, e, sim, um reajuste de 53% (a tal
“proposta ousada”). Espero que, desta vez, todos os técnicos-científicos
percebam o que está acontecendo,antes que seja tarde demais.
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GOVERNO PREPARA PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS PARA OS TÉCNICOS-CIENTÍFICOS: Secretária Stela Farias, em recente entrevista à Rádio Guaíba, disse que o Governo já deu início à elaboração de um novo plano de carreira para a nossa categoria. Pelas declarações da Secretária, parece que as mudanças serão significativas. O perigo está na participação do SINTERGS nesse processo. Notem que ao falar da mudança de nome da GIC para GET Stela Farias revelou que essa mudança foi um pedido da diretoria do SINTERGS: “na mesa de negociação entenderam que era assim”. Será que a diretoria do SINTERGS não vai pedir ao Governo que reduza a oferta aos técnicos-científicos nesse plano de carreira para dar reajustes para outras categorias que formam o balaio de gatos que é hoje o nosso sindicato? Corremos esse sério risco de sabotagem. Ouçam a entrevista clicando no link: Entrevista Stela Farias
PAGARAM? POR QUÊ? Ao invés de pagar sem dar satisfações ao Conselho Deliberativo, muito menos ao Quadro Social, a diretoria do SINTERGS deveria ter investigado a fundo os fatos alegados nas duas ações trabalhistas contra o sindicato (processos tombadas sob nºs 0000825-38.2011.5.04.0028 – que tramitou na 28ª Vara do Trabalho de Porto Alegre – e nº 0001226-40.2011.5.04.0027, que tramitou na 27ª Vara do Trabalho desta Capital). Estranho, não?
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NÃO CUMPRIRAM? POR QUÊ? Embora tenha sido constituída há um ano, a decisão havida na assembleia de 31/03/2011 – referente à prestação de contas então reprovada – não foi cumprida. Nada foi feito desde então, a não ser a tentativa de aprovar ontem o que já foi legitima e regularmente reprovado no ano passado. Por quê?
I – MAIOR INTEGRAÇÃO: CAPITAL E INTERIOR CADA VEZ MAIS PRÓXIMOS
A Assembleia de ontem (28/03) em Santa Maria foi melhor que a primeira, realizada em 29/11/2011.
Um número expressivo de colegas da Capital (73) se deslocou até Santa Maria. Outros 65 (aproximadamente) de Santa Maria, Bagé, Pelotas, Caxias do Sul, etc., também compareceram.
As votações ocorreram à unanimidade e mostraram que o nível de informação e consciência dos associados – tanto da Capital quanto do interior – avança a passos largos.
A diretoria do SINTERGS tentou omitir o que havia sido determinado pelos associados na assembleia de prestação de contas de 2011 (31/03/2011) quanto ao destino das contas apresentadas em 2011.
Porém, levei cópia da Ata daquela assembleia e fiz a leitura da seguinte deliberação: “Será encaminhado para o Poder Judiciário para análise e prestação de contas, quem dará a decisão sobre o resultado dessa Assembleia. Todos os gastos estão justificados e que após o retorno da documentação do Judiciário estes estarão à disposição dos associados no Sindicato.”.
A boa notícia, nesse caso, é que a auditora contratada pela diretoria do SINTERGS disse na assembleia que toda a documentação contábil referente àquela prestação de contas está à disposição dos associados no sindicato.
Portanto, já podemos requerer cópias dos extratos bancários e dos cheques emitidos pela Diretoria do SINTERGS em todo o período compreendido entre 01/01/2010 e 31/12/2010. É o que farei na próxima segunda-feira (02/04).
II – NADA FOI APROVADO
Embora os resultados das assembléias de ontem tenham sido péssimos para a diretoria do sindicato, as decisões dos associados foram excelentes para a categoria e para a instituição SINTERGS.
A primeira assembleia foi anulada, tanto pelo vício de competência (prestações de contas não podem ser objeto de apreciação em assembleia extraordinária e o Conselho Fiscal não tem competência para convocar assembleia de prestação de contas da diretoria) quanto pelo descumprimento do que foi deliberado na assembleia de 31/03/2011.
Na segunda assembleia, ficou evidente que os associados não aceitam mais a absurda fragilidade (muito bem apontada pelo colega Cerveira, de Bagé) da mera projeção de slides, sem prévio fornecimento de todos os dados contábeis ao Conselho Deliberativo (extratos bancários, cheques emitidos, transferências de valores, etc.).
Como consequência disso, a prestação de contas não foi aceita, foi rejeitada, em decisão unânime dos associados, e foi concedido à diretoria do SINTERGS um prazo de 90 (noventa) dias para refazê-la.
III – AÇÕES TRABALHISTAS CONTRA O SINTERGS
O ponto alto da assembleia foi a manifestação (na minha opinião, a melhor) do colega Robson Dutra, do IPHAE.
Robson levou cópias dos autos de duas ações trabalhistas contra o SINTERGS (processos tombadas sob nºs 0000825-38.2011.5.04.0028 – que tramitou na 28ª Vara do Trabalho de Porto Alegre – e nº 0001226-40.2011.5.04.0027, que tramitou na 27ª Vara do Trabalho desta Capital) e falou, com absoluta propriedade, sobre a postura da diretoria diante dessas demandas judiciais.
De fato, a diretoria do SINTERGS agiu muito mal ao fazer acordos com os reclamantes nesses processos – por decisão própria e sem dar ciência dessas ações ao Conselho Deliberativo.
Os processos deveriam estar tramitando para que se pudesse investigar os fatos ali apontados, pois os advogados dos reclamantes requereram, inclusive, a intimação do Ministério Público do Trabalho a fim de que fosse estabelecida a devida investigação.
Para que se tenha ideia da gravidade dos fatos apontados nesses processos, há comprovantes de depósitos e transferências bancárias realizadas na conta pessoal de um ex-integrante da atual diretoria. Noutro processo, há a afirmação (de fácil comprovação, talvez) de que o reclamante pagava prestações de uma motocicleta para esse mesmo ex-integrante da diretoria.
Ora, dados bancários não podem ser apagados. Se a diretoria quisesse, essa afirmação poderia ser facilmente comprovada, em caso de débito em conta, por exemplo. Bastaria ver de que conta bancária saíram os recursos para quitação de determinadas prestações da motocicleta em questão.
O Presidente do SINTERGS tentou justificar, ontem, os tais acordos dizendo que a pretensão de um dos reclamantes era de 120 mil reais e que o SINTERGS, por conta desse acordo pagou “apenas” 30 mil, como se isso fosse um grande negócio.
Bem, pode ter sido mesmo um grande negócio para esse ex-diretor, é claro, caso as afirmações dos reclamantes tenham sido verdadeiras.
Entretanto, para os cofres do SINTERGS e, por conseguinte, para os bolsos dos seus associados, foi um péssimo negócio, sob todos os aspectos, não importando se verdadeiras ou falsas as alegações.
Na hipótese de terem sido verdadeiras, o sindicato deveria agir no sentido de responsabilizar esse ex-diretor e obter ressarcimento equivalente ao prejuízo sofrido pelo SINTERGS. Caso fosse apurada a inconsistência das alegações, o sindicato não deveria fazer pagamento algum, muito menos no montante elevado de 30 mil reais.
De qualquer modo era incabível a realização de acordo. A investigação dos fatos alegados não poderia ter sido obstaculizada de forma alguma.
A propósito, o Conselho Deliberativo, diante de suas atribuições estatutárias, deve exigir da diretoria do SINTERGS a abertura de uma profunda investigação sobre os fatos narrados naquelas demandas judiciais, com posterior divulgação dos resultados a todos os associados.
IV – O AMADURECIMENTO DOS TÉCNICOS-CIENTIFICOS
Tenho cada vez mais orgulho de fazer parte do Quadro dos técnicos-científicos.
A realização de assembléias no interior está permitindo a troca de informações e de ideias entre os colegas de todas as regiões do Estado, o que é extremamente positivo para todos nós. As manifestações ao microfone deixaram evidente o avanço da convergência de ideias entre colegas das mais diversas regiões.
Pude perceber que a maioria dos colegas do interior ainda não tinha conhecimento das ações trabalhistas sobre as quais o colega Robson falou. Entretanto, tenho certeza de que todos buscarão as devidas informações.
Além disso, nós, da Capital, tivemos a oportunidade e o prazer de conhecer pessoalmente colegas do interior com os quais temos contato por e-mail, e que estiveram presentes na assembleia realizada ontem.
Aos meus companheiros de viagem, quero dar parabéns e lhes fazer um devido e merecido agradecimento.
O que vocês, colegas abnegados – que viajam com recursos próprios e arcam com todas as despesas decorrentes desse deslocamento – estão fazendo em benefício da nossa categoria e do nosso valoroso sindicato é inestimável.
Vocês estão ajudando a escrever uma das páginas mais bonitas da história dos técnicos-científicos e do SINTERGS.
Todas as conquistas recentes da nossa categoria, inclusive a recente desfiliação da nociva FESSERGS (que nos poupará do imposto sindical) se devem ao movimento do qual vocês fazem parte, e que cresce a cada dia.
Éramos 35 colegas na primeira viagem. Na segunda, 73, e na próxima, faltará lugar nos ônibus, pois quem foi uma vez, quer ir novamente, e outros colegas certamente seguirão conosco.
Faço questão de destacar os belos exemplos representados pelas presenças entre nós do Doutor Roberto de Azevedo e Souza, colega aposentado e octogenário, um verdadeiro patrimônio da nossa categoria e do nosso grupo; do nosso colega Valnei, que mesmo em licença-saúde fez questão de ir a Santa Maria; das aposentadas Iná e Selma; da colega Rosane Silveira, que veio de Tramandaí para viajar conosco; das colegas que mesmo com filhos pequenos fizeram o sacrifício de enfrentar a estrada para defender nossa categoria e o nosso sindicato; do verdadeiro show de empenho e participação dos colegas da Secretaria de Obras Públicas; enfim, de todos que abriram mão de seus afazeres e responsabilidades para lutar pelo nosso Quadro.
Na verdade, quando o pesadelo sindical que vivemos hoje terminar (não falta muito), o mérito dessa conquista, desse novo tempo que virá, será de todos vocês, colegas e amigos aos quais dedico meus sinceros e profundos agradecimentos.